domingo, 20 de maio de 2018

A praga das Notícias Falsas (Fake News)

Em tempos de rede sociais, é comum a divulgação de boatos e notícias falsas. O tom dramático e a forma como são postadas muitas das vezes induzem ao erro, tratando tais boatos como se fossem notícias verdadeiras. São conhecidas nas redes como "Fake News". A sua divulgação não é nenhuma novidade, e isso sempre ocorreu desde a criação dos primeiros meios de comunicação. Todavia nos dias atuais, com a velocidade com que chegam a público, colocam em dúvida a notícia real, suscitando dúvidas: o que é verdadeiro, e o que é falso? Dada à gravidade do fato, alguns países estão criando leis mais rigorosas com o objetivo de inibir as "Fake News". Recentemente o governo da Malásia aprovou uma lei criminalizando as “fake news”. Os infratores podem levar até seis anos de prisão e multa de até 500 mil ringgit, o equivalente a R$ 440 mil.No Brasil também, a divulgação de "Fake News" pode se tornar crime punível com até três anos de reclusão, segundo o projeto de lei do Senado de n.º 473/2017 de autoria do Senador Ciro Nogueira (PP-PI).
Como identificar uma "Fake News"?
Primeiro, não divulgue tudo aquilo que receber, principalmente se for uma notícia bombástica, com tom de urgência. Se fôr uma notícia falsa, lembre-se que a sua divulgação poderá queimar seu filme nas redes sociais e prejudicar sua credibilidade em publicações futuras.O meio mais seguro de confirmar a veracidade de uma notícia é primeiro pesquisar em fontes confiáveis, principalmente agências de notícias "All News", como a CBN, a Band News, R7, agência estado, BBC, Reuters, etc...
Segundo, leia a postagem antes de compartilhar. Parece incrível, mas segundo pesquisas, cerca de 50 a 60% das pessoas compartilham uma notícia sem lê-la por inteiro. No Facebook apenas 9% das pessoas leem integralmente as noticias antes de compartilhar.
Tomem muito cuidado, principalmente no WhatsApp. Como nos e-mails a notícia corre solta e hospeda anexos não tendo praticamente nenhum controle externo de conteúdo, a não ser o bom senso dos usuários.
Dentro da boataria e do universo de bobagens que trafegam por ali,uma das mais comuns refere-se ao próprio WhatsApp.
Em poucas palavras, essas mensagens dizem que o aplicativo deixará de ser gratuito e seu uso passará a ser cobrado. Para isso você terá que repassar a mensagem para um x número de pessoas, etc...
Vejam o absurdo da situação. Seu sucesso nas redes sociais, é o acesso gratuito. Há a rejeição natural do usuário que terá que pagar por algo que sempre foi de graça e a tendência da maioria é migrar para serviços semelhantes e gratuitos como o Telegram. Uma minoria aceitaria pagar, no entanto a receita obtida não compensaria as perdas decorrentes da ira e rejeição dos usuários. Nas redes sociais o que gera receita não é o pagamento de assinaturas, mas sim o marketing digital.
O sucesso do WhatsApp é tão grande que não há razão nenhuma para se mudar as regras do jogo.
Uma última colocação: implantar um serviço tarifado aqui no Brasil é muito complicado. A ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), autarquia responsável pela regulação e fiscalização  dos serviços de telecomunicações no Brasil, sofreria pressão do lobby das operadoras. Por isso colocaria regras muito rígidas, para liberar a cobrança, com tributos muito altos, excesso de regulação, que tornariam o serviço inviável. Colocando a pá de cal no assunto, poderiam ainda ocorrer ações na justiça, pelos órgãos de defesa do consumidor, contra a cobrança e liminares seriam conseguidas obrigando o WhatsApp a continuar gratuito até a derrubada dessas liminares.]
Concluindo, não é difícil identificar uma "Fake News". Devemos nos conscientizar que a divulgação de notícias falsas podem ir muito além da brincadeira, como se viu nas últimas eleições no Brasil e pelo mundo. Preservar a nossa reputação, não queimar nosso filme pode ser o menor dos problemas. O prejuízo para a sociedade é muito maior.



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